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Walewska Oliveira, campeã olímpica de volei, morre aos 43 anos

Walewska Oliveira

Foto: Reprodução TV Globo

Hoje pela manhã uma notícia deixou o volei e os amantes do esporte de luto. A campeã olímpica brasileira Walewska Oliveira faleceu ao cair do 17º andar de um prédio em São Paulo. Ela estava na cidade para divulgação de sua biografia. A polícia está investigando o caso para tentar determinar o que ocasionou a queda da atleta.

Walewska Oliveira foi uma atleta que marcou a história dentro e fora das quadras. Isso porque, nas quadras além de sempre mostrar a sua garra, determinação e talento ela faz parte do seleto grupo que foi campeão olímpico em Pequim em 2008. Nas olímpiadas de Sidney, em 2000, junto com a seleção brasileira ela conquistou a medalha de bronze. Além de defender o Brasil nas olímpiadas e nos mundias, Walewska passou por diversos clubes ao longo de sua carreira, como por exemplo Minas, Osasco e Praia Clube, por onde se aposentou.

Depois de se aposentar, a atleta seguiu com outros projetos, entre eles uma biografia que foi lançada esse ano, chamada “Em Outras Redes”. Nela, a atleta conta toda a sua árdua trajetória até o sucesso no referido esporte.

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Sempre elegante, dentro e fora de quadra, Walewska influenciou toda uma geração de meninas / mulheres. Ela foi convocada para a seleção brasileira de volei pela primeira vez por Bernardinho, em 1997.

O velório e o sepultamento da atleta serão realizados amanhã – 23/09/2023 – em Belo Horizonte. Ambas as cerimônias serão fechadas para amigos e familiares.

Zé Roberto fala sobre o falecimento de Walewska Oliveira

A seleção brasileira de vôlei está em Tóquio disputando o pré-olímpico. Comissão técnica e atletas receberam a notícia da morte de Wal quando estavam se preparando para ver o vídeo do jogo de hoje. Após o jogo contra a Turquia, Zé Roberto, atual técnico da seleção falou rapidamente com a imprensa sobre como recebeu a notícia e sobre o legado de Wal.

“Ela era excepcional. Todo técnico, toda comissão gostaria de ter uma atleta como ela. Madura, tranquila, mas com uma vontade incrível de fazer e realizar as coisas. A gente fica sem chão. A gente perde a noção de muita coisa. Eu perdi uma filha. Eu perdi uma filha. É muito duro. É um momento para nós muito difícil.

É um momento muito difícil, muito complicado. Estávamos perto de ir para o vídeo quando chegou a notícia do que tinha acontecido. A gente não sabia ainda exatamente. Nós preferimos, naquele momento, de não falar absolutamente nada. Não era o momento adequado até a gente entender um pouco o que estava acontecendo. Um pouco antes do jogo que a gente falou sobre o que tinha acontecido. Colocar tarja, enfim. É um momento de muita tristeza e dificuldade para todo mundo.

Conhecendo a Walewska como nós conhecíamos, ela foi um exemplo de dedicação, de comprometimento. De tudo de bom que uma jogadora, atleta, pessoa pode ter. Ela sempre se cuidou muito, ajudou o time. Sempre fez o que podia fazer da melhor maneira possível desde pequena. Jogou com várias jogadoras e com a gente por vários anos. A gente fica sem chão para saber exatamente e entender as coisas. É difícil falar sobre isso. Abalou todo mundo nesse momento.

Ela deixou um legado na vida dela como atleta, um dos maiores exemplos que eu já vi, que eu pude vivenciar com ela. Com todos os momentos que nós tivemos juntos no clube e na seleção. Ela vai deixar muita saudade. Saudade para essas meninas que jogaram com ela, que participaram com ela de várias etapas, caminhadas e jornadas. E vai deixar o exemplo para essas meninas mais novas, o significado de ser uma grande atleta, uma atleta campeã olímpica. Uma atleta que fez a melhor coisa para o seu país, que trouxe uma medalha de ouro, que cantava o hino bem alto, que tinha maior orgulho de representar e estar ali o tempo inteiro brigando e fazendo o seu melhor. Nós vamos sentir muita saudade. É um pecado.”

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