O estreia da próxima edição do BBB, um dos maiores realities está chegando. E sabemos que uma das grandes preocupações dos futuros participantes é o cancelamento. Aliás, esse é um dos maiores medos do grupo camarote, este que é formado por celebridades convidadas pela produção do programa. A psicóloga Maria Rafart dá dicas aos futuros participantes e o advogado Dr. José Estevam Macedo Lima, fala sobre o limite de cancelamento x crime.
Para este grupo específico, o medo do cancelamento pesa tanto quanto tentar alavancar a carreira, ganahr seguidores e o tão famoso prêmio de 1,5 milhão de reais. A psicóloga Maria Rafart falou sobre o assunto e inclusive deu dicas para os futuros participantes para não sofrer com essa cultura do cancelamento.
Maturidade e lugar de fala
A psicóloga ainda afirmou que “Algumas pessoas possuem maturidade para absorver impactos e mesmo assim seguir adiante, é o que chamamos de pessoas resilientes. Trabalhar a própria capacidade de absorver impactos sem muitos danos seria a primeira coisa a ser trabalhada. Assim como a fama é transitória, os cancelamentos também são. A pessoa psiquicamente madura sabe dessa transitoriedade”.
Leia também: Renato Ronner, colunista, se casa com padrinhos famosos
Saber o seu lugar de fala, falhas e valores são alguns dos pontos que tornou candidatos vencedores em edições anteriores. Não só do BBB como de outros realities também, segundo a psicóloga. “O público gosta de quem se conhece, quem sabe os próprios limites e os desafia. Além disso, a autoestima em dia pode ajudar muito nos momentos difíceis de conflitos de convivência na casa … Uma boa repassada nos temas sensíveis pode ajudar. No mais, falar sobre os próprios erros e ‘podres’ pode ser até benéfico, como aconteceu com Rico na edição de A Fazenda.”, afirmou Maria Rafart.
Cancelamento x Crime
Mas você sabia que a cultura do cancelamento pode configurar crime? Ao longos de 20 anos de BBB, houveram situações em que o cancelamento foi excedido, como em casos de assédio, intolerância religiosa e agressões que viraram motivos para que a polícia visitasse a casa mais vigiada do país. Para o advogado especialista em entretenimento, José Estevam Macedo Lima o fato de o público não concordar / aprovar o comportamento ou fala de algum participante, não lhe dá o direito de ir às redes sociais ameaçá-lo.
“A internet não é uma terra sem lei. É importante ter responsabilidade e cautela ao se manifestar nas redes. A liberdade de expressão não serve de escudo para a prática de atos ilegais e moralmente vedados. Nem tudo é liberdade de expressão, há um limite que ultrapassado implica em violação. As condutas que se enquadram nos tipos penais descritos nos crimes contra a honra e também na injúria racial devem ser levadas à análise do Poder Judiciário e não devem ser justificadas pela liberdade de expressão”., afirma o Dr. José Estevam Macedo Lima.