O diretor André Borelli dirigiu e roteirizou o longa “O Tio” , que estreou no Now. O filme foi indicado ao Brazil Internacional Monthly Film Festival,( BIMIFF) nas categorias melhor longa-metragem, melhor diretor de longa-metragem e melhor atriz, (Gabriela Hamati) que ganhou o prêmio.
O filme “O Tio” conta a história de Bárbara (Gabriela Hamati), uma jovem em início da vida adulta que recebe um misterioso tio, Camilo (Chico Neto), em seu apartamento. Metódico e simpático, o homem a visita em tempos com o intuito de cuidar dela. Camilo trata-a com um zelo pertubadoramente excessivo, controlando todos os aspectos da vida da jovem. Tomada por crises de ansiedade, Bárbara tenta seguir a sua rotina mesmo com o tio monitorando e guiando todos os seus passos. À medida que a influência de Camilo cresce sobre ela, sua vida entra num velado tormento. Incapaz de abrir-se com alguém e estranhamente presa à companhia daquele homem, Bárbara vê-se à deriva de sua própria existência. Para conferir essa história que te prende até o final, bastar acessar o Now.
Bate papo exclusivo
Nós do News On Demand, batemos um papo exclusivo com André Borelli sobre carreira e pandemia, confira aqui embaixo.
News On Demand: André, tudo bem? Conta pra gente sobre a sua experiência como diretor e roteirista, essa sempre foi sua paixão? sempre foi um sonho seu trabalhar nesse meio, ou foi algo que cresceu com o tempo?
André Borelli: Oi! Prazer falar contigo! Eu sempre gostei de assistir filmes, mas não foi algo que eu sabia o quanto me identificava antes de começar a fazer. O mesmo digo sobre dirigir e escrever. Foi só quando escrevi e dirigi a minha primeira peça que soube ser aquilo o que eu queria fazer. Amo o fazer teatral, mas nunca fui um espectador tão assíduo quanto sempre fui de cinema. Por isso, quando me joguei e fiz o meu primeiro filme, aí sim, senti ter encontrado o sentido de tudo.
NOD: Como foi pra você, ser indicado a um prêmio tão importante quanto o BIMIFF?
AB: É sempre uma honra ter o trabalho reconhecido e, mais ainda, por pessoas que olham com tanto carinho para o cinema independente. São muitos projetos, muitos filmes, muitas histórias… É um prazer estar no meio de tudo isso e sentir-me significativo.
NOD: O que podemos esperar de projetos futuros? Pode adiantar algo pra gente?
AB: Mais e mais projetos, com certeza! Cada vez mais inventivos e ambiciosos, pois é o que move a mim e aos parceiros que me acompanham. Aos poucos vamos crescendo e mais pessoas vão somando à nossa missão, um cinema de guerrilha, forte e com paixão. Já estamos trabalhando em próximos projetos e muita coisa boa virá!
Pandemia e o setor de entretenimento
NOD: O setor de entretenimento foi um dos mais afetados durante a pandemia. Como foi pra você lidar com isso?
AB: Complicado, claro. Muitos colegas bastante afetados com o baque no setor, principalmente de shows e teatro. Seguindo as medidas de segurança necessárias e com a presença daa plataformas digitais, os filmes, dentro do possível, até que conseguiram contornar um pouco a dificuldade. Mas, sim, muito complicado para todos e, ainda, sem um panorama de melhora.
NOD: Obrigada André. Gostaria de deixar algum recado para os nossos leitores sobre o momento que estamos vivenciando?
AB: Eu que agradeço o tempo e o carinho da atenção. Num momento como este, qualquer conselho pode soar leviano. Cada um sabe das dificuldades que enfrenta e está fazendo o melhor para superá-las. O importante, então, é apenas não desistir. Continuemos na busca de nossos sonhos e objetivos. Fácil ou difícil, não teremos outra oportunidade para sermos o que almejamos ser.
Conheça mais sobre André Borelli
André Borelli é um autor, diretor e produtor brasileiro de 28 anos. Graduado como ator pelo Teatro Escola Macunaíma em 2009, Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Rádio e TV pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo em 2013 e Pós-Graduado em Direção Teatral pela ESCH em 2014.
Sua pesquisa inicial como ator serviu de ponte para a direção, onde encontrou a sua real vocação. Escrevendo e produzindo suas peças teatrais, Borelli formou a companhia teatral Gruparteiro de Teatro em 2015, produzindo e dirigindo 05 espetáculos originais em teatros de São Paulo nos três anos de funcionamento da companhia. Ainda neste período, escreveu dois livros de ficção, publicados pelo Grupo Editorial Scortecci e distribuídos pelas livrarias Cultura e Martins Fontes: “A Lenda Vagalume” (2015) e “Corta!” (2016).
Em 2018, Borelli migrou para o audiovisual e começou a produzir os seus trabalhos originais no cinema. Desde então, sua trajetória no cinema (como roteirista, cineasta e produtor) na, agora, Borelli Produções, conta com 04 longas-metragens e mais de 13 premiações internacionais de cinema. O filme “O Tio” é a sua terceira obra cinematográfica e a primeira com grande distribuição nacional.