Por *Carmen Carraro – Diretora de Projetos em Marketing Digital
Privacidade é item raro no mundo atual, em que um volume de informações sem precedentes encontra-se amplamente disponível, a um clique de distância. Proprietário de serviços e mecanismos variados, como YouTube, Android e Chrome, o Google proporciona uma verdadeira biblioteca de dados sobre infindáveis assuntos. Por outro lado (e justamente como contrapartida) a ferramenta, que oferece inúmeras funcionalidades e aplicações, também armazena dados pessoais de seus usuários. Mas há maneiras de driblar esta ação automática ao utilizar tais aplicativos, bem como de saber quais informações o Google guarda a seu respeito.
Antes de tudo, é preciso fazer o login no Google, a fim de que se possa ter acesso às funcionalidades que ele oferece. Em seguida, a primeira recomendação é a opção “panorâmica”, que dá acesso geral aos dados que os serviços do Google armazenam sobre o usuário. Esta alternativa possibilita que as informações a seu respeito registradas nos serviços do Google possam ser exportadas – o que poderá ser feito via e-mail ou demais serviços de armazenamento do Google, como o Drive. A partir disso, será possível definir o tamanho do arquivo, bem como seu tipo e frequência de realização do processo. O link para esse caminho é esse.
Existem ainda outras formas mais direcionadas para encontrar dados específicos, exigindo que o usuário faça a procura nos respectivos serviços do Google. Por ser uma ferramenta de pesquisa, o Google inevitavelmente conhecerá os hábitos de seus usuários, controlando e direcionando publicações e anúncios. E para que esta tendência seja regulada, é possível gerenciar suas atividades acessando o link. A página irá apresentar um quadro geral de todas as buscas realizadas pelo usuário, permitindo assim um controle maior dos registros feitos acerca de suas ações no Chrome, YouTube e outros serviços do Google.
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Em relação ao YouTube, por exemplo, por meio deste recurso de gerenciamento é possível administrar tanto o histórico de pesquisas quanto o de exibição de vídeos – especificamente vídeos pesquisados e reproduzidos com a conta ativa no aplicativo ou na aba do navegador. Assim, amplia-se a possibilidade de manuseio dos dados de pesquisa. Mas é importante lembrar que, antes que esta ação seja realizada, o Google ainda tem acesso a estas entradas, mesmo que momentaneamente.
Outro aspecto importante é a ferramenta de localização do Google, que, à medida que pode ser conveniente – pois viabiliza um eficaz senso de ambientação e oferece ao usuário noções de que ele normalmente não disporia em igual precisão -, também pode gerar preocupação, uma vez que suscita a sensação de ininterrupta vigilância – neste caso, espacial. Este recurso pode ser verificado pelo link.
Anúncios também são um ponto a ser levado em conta quando o assunto é coleta de dados. Afinal, para que sejam direcionados ao usuário, é necessário que haja uma afinidade com seu perfil, a fim de facilitar a filtragem do que é mostrado. Para saber que tipos de anúncios estão ativados e associados ao seu perfil, basta acessar o site. A aba de personalização de anúncios contém categorias que podem ser permitidas ou limitadas. Já a aba de gerenciamento de privacidade evidencia anúncios encaixados em categorias mais diversas, como “relacionamentos”, “renda familiar”, “educação”, entre outros, dentro das quais são informados, se suficientes, os dados baseados em suposições de detalhes do usuário que podem servir como fonte para o direcionamento dos anúncios.
Apesar de tudo isso, é possível gerenciar – até certo ponto – os dados que são coletados pelo Google. Trata-se de uma personalização, que admite que algumas configurações sejam desativadas para que sua experiência seja relativamente mais controlada. Para isso, basta acessar o link. A página oferece possibilidades de ativação ou desativação de ações, que, ainda que limitadas, permitem uma considerável mudança na forma como o Google interage com o usuário. Por exemplo: nesta página é possível desativar o registro da atividade em sites e aplicativos do Google, bem como o próprio histórico do YouTube.
Navegar na internet sem a sensação de estar sendo vigiado é extremamente difícil nos dias de hoje, mas essas dicas podem ajudar a tornar visível o quanto o Google nos conhece ou, ao menos, assume conhecer. Estar ciente das formas como os dados são coletados, armazenados e utilizados é uma boa maneira de começar a lidar com a questão da privacidade na web e, assim, ter um pouco mais de controle sobre suas informações pessoais.
Sobre Carmem Carraro
Carmen Carraro é executiva da área de Marketing Digital e pós-graduada em Marketing pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Graduação em Administração de Empresas pelo Centro Universitário Fundação Santo André. Possui 13 anos de experiência em Marketing Digital e mais de 20 anos de experiência com relacionamento com cliente entre vendas, pós-vendas e Planejamento Estratégico em grandes empresas como C&A e Carrefour, entre outras. Atualmente é Diretora de Projetos da agência e-nova, especializada em Marketing Online, com a responsabilidade de liderar sua estratégia e desenvolver novos negócios.