Letícia Tomazella é uma atriz de sucesso com papéis no cinema, teatro e televisão. Além disso, é também escritora e tem um podcast chamado Maternalizando, onde junto com a co-host Júlia Rodrigues Mota elas falam conversam sobre famílias múltiplas – ser mãe, ser madrasta e ser mulher – sempre sem competição e com respeito ao próximo.
Nós do News On Demand conversamos com a atriz e entre diversos pontos conversados, a atriz falou sobre a sua carreira, sobre o seu novo livro Madrasta é Mãe – que está disponível em pré-venda – , pandemia e também sobre projetos futuros. Confira abaixo.
News On Demand: Letícia, tudo bem? Em primeiro lugar, muito obrigada por topar essa conversa conosco. Você é atriz e já participou de diversas novelas, peças e teatro e filme. Tem alguma preferência sobre onde atuar?
Letícia Tomazella: Amo os três. E se fico muito em um, sinto falta do outro. Rs! Então não tenho uma preferência. Amo atuar, e é isso!
A experiência de Letícia Tomazella ao escrever um livro
NOD: Nesta semana, você publicou que o seu livro será lançado no próximo dia 04. Como foi a experiência de escrever?
LT: Longa, dolorosa e rica ao mesmo tempo. Foi baseado em vivências minhas e também nas dezenas de entrevistas que coletei pro livro, com várias madrastas diferentes. Então foi trabalhoso. Além disso, é um tema que pode ser polêmico. E me fez mergulhar em muitas questões minhas como mulher e madrasta. Então, o livro nasce da dor pra falar da própria dor e dos desafios da madrastidade. Mas sempre amei escrever. Então foi profundo e incrível tambem. Tô começando o próximo livro já, rs!
NOD: No livro, você fala sobre madrasta ser mãe. Sabemos que infelizmente há mulheres no mundo que são madrastas e se portam como tal, de forma negativa. Até a própria sociedade “afirma” que ser madrasta é algo ruim, quando sabemos que na realidade não é exatamente isso. Qual a sua percepção sobre essa visão da sociedade?
LT: Quando vc diz que ela se porta como tal, significa que madrasta já traz consigo um significado ruim. Temos que parar com isso. Isso vem dos contos de fadas e de algumas histórias reais q são exceções. Eu acompanho muitas famílias-mosaico, até por causa do meu podcast, e a verdade é que há muitas mulheres no Brasil e no mundo que comandam a casa como uma mãe, mesmo sendo madrasta. A maioria é madrasta maravilhosa. A maioria tem amor pra dar, e não desamor. Mas estamos muito acostumados com o estereótipo, e achamos que a vida é assim – mãe é boa, madrasta é má.
Não é verdade. Pensa a quantidade de gente divorciada e “recasada” que há. Acha mesmo que todas essas madrastas que chegam na vida desse pai ou dessa mãe divorciada veio pra fazer o mal? Não. A maioria cuida mesmo. Se envolve, se dedica. A porcentagem de divórcios só aumenta, então é hora de a sociedade transformar verdadeiramente seus paradigmas sobre amor, maternidade e família. E outras tantas coisas.
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NOD: Tem projetos de próximos livros? Se sim, pode adiantar o tema para a gente?
LT: Estou escrevendo um (desta vez ficcional) sobre maternidade compulsória. Esse tá sombrio. Rs!
Sobre a atuação e a pandemia
NOD: E na área da atuação, tem algum projeto encaminhado ou em mente? Pode adiantar algo?
Letícia Tomazella: Tô entrando num novo projeto (série), mas ainda não posso abrir muito a respeito. Em breve falo mais!
NOD: Vivenciamos a pandemia há mais de dois anos, mesmo que agora de forma mais branda. Como a pandemia afetou a sua vida pessoal e profissional?
LT: Nem sei explicar. Afetou intensamente, claro. Pra todo mundo. Imagina, uma atriz sem palco e cheia de contas pra pagar e vontade de criar, trabalhar. Foi difícil. Tive algumas sortes (fiz uma novela em meio à pandemia, segui escrevendo meu livro etc.). E pude ficar em casa me protegendo por uns meses, coisa que nem todos, infelizmente, podiam. Então sei dos privilégios que tive, mesmo em meio à angústia. Mas afetou, não tem jeito. Sobrecarga doméstica, cansaço, tudo. Comecei a fazer terapia pelo menos… É o que mais recomendo: quem puder, invista em fazer terapia. Vale muito.