Bonne relança grandes sucessos da música brasileira como estímulo da nova era

Bonne
Foto: Marcello Krengiel

A música brasileira é conhecida por ser uma fusão de estilos e culturas que certamente teve um papel fundamental na nossa história. Do jazz ao funk, os diferentes ritmos e batidas musicas conquistaram o público mundo afora. Mas também não é segredo para ninguém que de certa forma, a era digital transformou completamente a indústria. Por exemplo a Top Tape foi uma das gravadoras mais icônicas dos anos 70 e 80, e ainda assim deu lugar à Quebra Coco Records que é liderada por Luiz Eduardo Magacho Rozenblit ou simplesmente Bonne. O objetivo da empresa, além de trazer novos artistas para o cenário musical é relançar grandes sucessos de forma adaptada para o meio digital.

Bonne, sócio e diretor da gravadora comentou alguns pontos desse novo projeto e trajetória. Sobre o legado da Top Tape, ele afirma que “A história da música nacional é riquíssima, e a gente carrega esse legado que foi da Top Tape. Então acho que o principal lema da Quebra Coco é esse, de reestruturar e valorizar a música como um todo.

Sobre um dos principais projetos da gravadora – relançar grandes sucessos da Top Tape – e remixar grandes nomes da música brasileira como por exemplo Arlindo Cruz, Cauby Peixoto e Neguinho da Beija-Flor, Bonne afirmou que: “São músicos que a gente cresceu ouvindo, e que trazem uma influência gigantes para os novos talentos, então colocar isso nas plataformas digitais não é só um trabalho de distribuição, mas uma homenagem a todos que fizeram da música o que ela é hoje.”

Leia também: DJ Braga prepara o lançamento de seu primeiro single como cantor

Bonne explica como surgiu o projeto

O empresário e produtor também falou sobre como surgiu o projeto assim que ele assumiu a editora. Ele observou dentro do cenário musical e o surgimento de remasterizações em forma de remix, e com isso viu uma oportunidade de reaproveitar clássicos e lançar novos artistas.

“Eu olhei para o catálogo da editora e vi várias pérolas guardadas, então pensei, por que não reaproveitar os sucessos e usá-los pra divulgar essa nova galera que está pedindo passagem? A partir daí trabalhamos na remixagem, unindo a velha guarda aos músicos de hoje.”, explicou Bonne.

O diretor também falou sobre a diferença e evolução do processo analógico para o digital. Uma vez que antigamente para criar uma música eram necessários diversos equipamentos, além de um estúdio bem grande. Para gravar um single ou um álbum há alguns anos atrás, além de todo o processo de produção, tinha a gravação do som, a prensagem do disco e o envio do material. Atualmente, o processo digital facilitou muito o processo, deixando-o simples e rápido.

“Tivemos essa mudança do analógico para o digital, e isso embarca toda a produção. Hoje, com os streamings, a gente só precisa de softwares capazes e de uma boa distribuição de digital nas plataformas. Tudo tem que ser pensado por esse prisma.”, ressaltou Bonne.

Ele conta ainda que todo o processo deste projeto é feito de forma a impulsionar a cultura nacional. Seja com sucessos já gravados ou com novas promessas, o objetivo de Bonne é transformar o país através da música.

“Eu cresci dentro da música, e acho que ela é a ferramenta que temos para criar um futuro harmônico, desenvolvido e socialmente justo. Não existe vida sem música!”, finalizou o produtor.