O psicólogo Alexander Bez, especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami (UM) e em Ansiedade e Síndrome do Pânico pela Universidade da Califórnia (UCLA), explicou como o cérebro reage durante o período de festas de fim de ano. Segundo ele, o final de ano traz à tona uma série de emoções, principalmente por ser um momento de retrospectiva e de reflexões sobre o ano que passou. Quando as metas não são atingidas, isso pode gerar um forte sentimento de frustração e, muitas vezes, até uma sensação de fracasso. “O cérebro entende que, ao não concretizar as ‘necessárias mudanças’, a pessoa sente que está falhando em áreas importantes da vida, o que pode resultar em um quadro depressivo, que pode se estender até os primeiros meses do ano seguinte”, explicou Bez.
O especialista afirma que esse processo é ainda mais agravado quando as pessoas não conseguem realizar os planos que idealizaram para si mesmas. “Há uma reflexão automática sobre o cumprimento ou não das metas estabelecidas, o que gera cobranças internas que, se não trabalhadas, podem se tornar ainda mais intensas”, afirma.
No entanto, há maneiras de lidar com esse período e reduzir o impacto desses sentimentos. Alexander dá algumas dicas valiosas: “É fundamental planejar e se preparar, focando no que é possível realizar e evitando alimentar frustrações desnecessárias. Quando não conseguimos cumprir determinadas metas e esse estresse não é tratado antecipadamente, os sentimentos negativos se intensificam”, alerta. Ele sugere que a pessoa busque lidar com suas expectativas de forma mais realista, evitando a sobrecarga emocional.
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Para quem deseja começar o novo ano de forma mais equilibrada e menos vulnerável, o psicólogo destaca a importância de entender a própria situação emocional e os limites pessoais. “Compreender que a não realização de algumas coisas faz parte da vida de todos é essencial. Devemos saber lidar com isso sem nos punir. Focar no que está ao nosso alcance e cuidar de nossa saúde mental é fundamental para evitar que as frustrações se transformem em um quadro mais sério”, recomenda.
Além disso, Bez enfatiza que a interação social é crucial nesse período. Mesmo que a pessoa esteja distante dos familiares ou amigos, é importante procurar se manter ocupada, participando de atividades ou até de trabalho voluntário. “Se estiver se sentindo isolado, procure se engajar nas comemorações de alguma forma, mesmo que seja em um grupo pequeno. A interação pode ajudar a afastar uma possível sensação de solidão. Também esteja disposto a se autoanalisar, alterando comportamentos prejudiciais, respeitando seu próprio tempo. Busque, se preciso for, se aprimorar nas áreas que gostaria de investir e, acima de tudo, compreenda que não existe perfeição, portanto não se cobre demais! Todos esses fatores são essenciais para aliviar essa onda de pensamentos negativos que podem surgir.”, conclui Bez.
Segue algumas dicas extras para terminar e começar o ano da melhor maneira:
- Celebre pequenas conquistas;
- Reserve tempo para relaxar;
- Invista em autoconhecimento;
- Foque no presente, sem se sobrecarregar com preocupações do passado ou futuro;
- Estabeleça metas realistas;
- Se preciso for, converse com a família, amigos ou procure ajuda profissional.
*Esse texto foi gentilmente cedido pela assessoria de imprensa