Araraquara – SP 4/12/2020 –
Número corresponde à variação acumulada nos últimos 12 meses corrigidos pelo IGP-M
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) tem passado por uma forte alta em 2020, com valor acima da inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com publicação do QuintoAndar, desde o início da pandemia, mais de 6 mil contratos foram renovados abaixo do índice na plataforma imobiliária digital.
O IGP-M é a referência usada pela maioria do mercado imobiliário para calcular o reajuste dos aluguéis. Com a expressiva alta do índice, esses contratos têm sofrido grande impacto em todo o país.
Via de regra, todo contrato de locação deve conter um índice de reajuste para os seus valores. No entanto, não existe nenhuma lei que obrigue a correção do preço do aluguel, nem mesmo que ele tenha como referência o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).
Entre os especialistas, a recomendação é de que haja uma negociação entre proprietário e inquilino, para que não ocorra depreciação do contrato e para que o reajuste não pese no bolso do locatário.
Negociação entre inquilino e proprietário
A negociação entre as partes pode representar um cenário de grande tensão. Por um lado, o inquilino tenta minimizar o impacto do aumento do aluguel no orçamento familiar. Por outro, o proprietário deseja evitar a perda de receita com o imóvel.
No Brasil, não são raros os casos em que o valor do aluguel compõe parte da renda do proprietário, ou, até mesmo, seja a única receita mensal . Logo, entrar em uma rota de colisão com o inquilino, ou vir a perdê-lo, está longe do ideal. Entretanto, abrir mão do aumento pode não compensar manter o imóvel alugado.
No mercado, é comum que os contratos sejam formulados tendo o IGP-M acumulado dos últimos 12 meses como referência para o reajuste. Ainda assim, devido à pandemia do novo coronavírus, é preciso que haja flexibilidade para que se encontre um meio termo viável para ambas as partes.
Vale destacar que a relação entre inquilinos e proprietários é regulada por um contrato de aluguel. A formalização desse acordo segue a Lei do Inquilinato (Lei 8245/91). Com isso, a partir da assinatura contratual, o inquilino se compromete a aceitar os reajustes propostos. No entanto, caso discorde do aumento, ele tem o direito de rescindir o aluguel.
Como o IGP-M é calculado
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). Ele é medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e registra a inflação de preços, desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais.
O IGP-M é formado pelo IPA-M (Índice de Preços por Atacado – Mercado), IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor – Mercado) e INCC-M (Índice Nacional do Custo da Construção – Mercado), com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente. A pesquisa de preços é realizada entre o dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês atual.
Esses indicadores medem itens como bens de consumo, de produção, além de outros componentes como remédios, embalagens, aluguel, condomínio e vestuário.
O IGP-M mede a inflação abrangendo toda a população, sem restrição de nível de renda. Ele é usado para reajustes de tarifas públicas e planos e seguros de saúde.
Perfil de imóveis buscados na internet
Entender o perfil dos imóveis mais buscados na internet permite, também, compreender a valorização do imóvel diante do desejo dos consumidores.
Segundo levantamento realizado pela OLX, foi registrado um crescimento de 11% na busca por aluguel no terceiro trimestre de 2020. O aumento foi de 12% em relação ao aluguel de casas e de 9% quanto a apartamentos.
Esse crescimento está relacionado à mudança de comportamento da população provocada pela pandemia de Covid-19. As medidas de prevenção fizeram com que as pessoas passassem mais tempo nos seus lares, o que alterou a sua relação com os imóveis.
Quanto à tipologia, o levantamento mostra que a pandemia levou as pessoas a buscarem moradias com mais cômodos. Enquanto a demanda por imóveis com dois e três dormitórios cresceu, respectivamente, 44% e 27%, a procura por residências de apenas um quarto aumentou somente 17%.
Na análise do custo da locação, a maioria dos usuários da plataforma buscava imóveis com valores entre R$ 500 e R$ 1.000. Esse perfil representa 48% das buscas. Porém, os dados mostram crescimento também em imóveis com ticket mais alto, se comparado ao mesmo período do ano passado.
A procura por aluguel de imóveis com valor acima de R$ 2.000 teve crescimento de 34%, seguido pela faixa entre R$ 1.000 e R$ 2.000 (21%) e de R$ 500 a R$ 1.000 (8%). Apenas os aluguéis de até R$ 500 não tiveram aumento nas buscas, registrando pequena queda de 2%.
Ainda, conforme a OLX, a plataforma recebe mais de 1,4 milhão de pessoas interessadas em imóveis todos os meses.
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